Amor de Carnaval é fadado ao fracasso!


Uma amiga de longa data uma vez disse-me: "carnaval é coisa do capeta, o que vc pedir nesse tempo, terá, mas acabará quando acabar a festa." Eu não acreditei, mas pedi a mim mesmo "uma coisa" e ela aconteceu no PRIMEIRO dia da festa da carne... (era apenas dinheiro, seus maldoooosos!)

Boquiaberto, telefonei para ela e contei-lhe o ocorrido. Ela riu de mim e perguntou se eu estava no Pólo Norte ou na Bahia. A segunda opção explica o mistério. Aqui tudo acontece, basta mentalizar.

Se desejo algo bom, acontece. O mesmo vale para os maus pensamentos. Eles acabam acontecendo. Mas, aviso aos navegantes: tudo que vai tem volta!!!

********************************************************************************

Eis, pois, que soube de uma outra amiga que teve um velho desejo de carnaval acontecido também no primeiro dia. Aliás, no caso desta, na véspera do primeiro dia. Dá para ver que a criatura em questão é apressada até para os desejos - imaginem para as ações dos outros! (Nota-se, de pronto, uma ansiedade latente tão forte que transparece a porralouquice e instabilidade geral desta moça, que detalharemos mais adiante).

E o que era doce permaneceu doce. Mas acabou.

Acontece que a criaturinha (mede 1,48m mas jura ter 1,50m), daquelas que fazem o estereótipo da "baixinha-e-atrevida" e acham que "abafam", totalmente desacostumada com a felicidade abrupta e duradoura, invocou de maldizer a si mesma e vivia agourando: "-isso não vai dar certo!", "Lá ele é muito descarado", "Lá ele vai ver as piriguetes hoje!", "vou sair com minhas amigas se Lá ele não vier me ver!". Pois é. Não deu. Para completar, botou a culpa na outra parte e saiu por aí dizendo e escrevendo em blog que o jovem e fogoso macho era "emocionalmente instável".

Fiquei sabendo (por um amigo comum com eles dois) que a tal atrevida-borderline não deixava o moço sequer respirar: telefonava de 15-em-15 (minutos, CLARO!!!), queria que Lá ele desse atenção e "disponibilidade" irrevogáveis e full-time, além de Lá ele não ter permissão para olhar para os lados ao atravessar a rua. Leia-se: MULHER CIUMENTA ATÉ OS OSSOS.

O mancebo, experimentado pela vida, bebedor velho de fim de expediente e leitor contumaz de Gregório de Mattos, Wally Salomão e Drummond, poeta etílico (só podia ser meu Amigo!!) nas suas noitadas solitárias não aceitou o tal cabresto remendado que a baixinha queria impor ao seu altivo pescoço de cão de pedigree. Um verdadeiro boxer. Ele conta que ela faz a linha "TPM-Eu Tenho!" e tenta manipular as pessoas por causa do excesso de carência, fingindo ser uma doçura de gente.

Bem, deixa o caso para os psicanalistas. Em última possibilidade, os escafandristas encontram as profundezas da alma, debaixo de água, sal e lodo.

Eu, só sei dançar.

Comentários

Postagens mais visitadas