t_URBI_lhão

Vejo joannas avenidas
viadutos e angélicas, colossais
da alta cidade esburacada
nem vejo mais o cais


rimo coisa com outra
rimo em pé com tanto faz
rimo berimbau com lotado
os passageiros são iguais


Sujo todo meu carro
sujo meus pés de barro
nesse mar de promessas
da cidade às avessas.


Sem um tostão furado
rimo caruru e quiabo
nesse mês de setembro
quando? nem me lembro!


E assim termino a minha prosa
de manhã a rima de tarde a glosa
Fecho o livro empoeirado
e mando assim o meu recado.

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